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Investimentos

10 de Novembro de 2016 as 22:11:48



INVESTIMENTOS - O Mercado na 5ª feira: “Efeito Trump” retardado atinge mercados


Diário de Mercado na 5ª feira, 10.11.2016
 
“Efeito Trump” retardado atingiu mercados, após impressões iniciais, com visão de taxa de juros de juros maior nos EUA.
 
 
O diagnóstico, aparentemente, foi tardio - e não quer dizer ainda que é condizente com a situação. A sessão de ontem, a primeira após a notícia do triunfo do republicano Donald Trump à Casa Branca, embora com acentuada volatilidade desde a apuração até seu primeiro discurso mais ameno do que aqueles proferidos durante a sua campanha, denotou uma certa inércia dos agentes em relação às consequências do fato. 
 
Muito se ouviu, opostamente ao levantado no período eleitoral, o quanto na verdade um governo focado em crescimento interno nos EUA seria benéfico. Já na sessão de hoje, o ajuste veio pelo lado especulativo. 
 
Os juros norteamericanos (T-bonds) se elevaram significativamente na expectativa que, com maior crescimento induzido por uma política fiscal expansionista, a saída do Fed (Banco Central) para conter um eventual avanço da inflação, residiria no controle monetário através de elevações da taxa de juros.
 
Ainda que tudo esteja no campo das hipóteses, em caso de confirmação deste viés, a tendência seria de enxugamento da liquidez mundial com ingresso de dólar nos EUA. Corroborando tal suposto panorama, a probabilidade de alta de juros pelo Fed para a reunião de dezembro próximo paira agora em torno de 84%, ante 76% na sexta-feira passada. Por conta disto, a sessão de hoje foi pautada pelo estresse.
 
 
Ibovespa
 
Por aqui, o Ibovespa abriu a sessão estável – no entanto, tomou rumo negativo após a abertura dos mercados acionários nos EUA. O índice doméstico Ibovespa operou em significativa queda, tendo tido mínima do dia próxima -4%, encerrando aos 61.200 pts (-3,25%), acumulando -0,65% na semana, -5,74% no mês e 41,18% no ano. 
 
 
Capitais Externos na Bolsa
 
O giro robusto financeiro da Bovespa foi de R$ 16,479 bilhões, com o mercado à vista somando R$ 15,844 bilhões. No último dado disponível, em 8 de novembro, ocorreu entrada líquida de capital externo de R$ 48 milhões, contabilizando retirada de R$ 1,45 bilhão em novembro, mas, com o acumulado do ano em positivos R$ 16,07 bilhões.
 
 
Agenda Econômica
 
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), domesticamente, as vendas no varejo (IBGE) medidas no mês de setembro ante agosto apresentaram com ajuste sazonal um recuo de 1% no conceito restrito, em linha com as projeções do mercado.
 
Embora denote o terceiro mês consecutivo de queda, e também o pior dado para setembro nos últimos 14 anos, no acumulado dos últimos 12 meses o que se observa no entanto é uma certa estabilidade, atualmente em -6,6%, patamar em torno do qual vem se mantendo, sugerindo, até certo ponto, um possível ponto de inflexão. Já contra setembro de 2015 a baixa foi de 5,9%.
 
No conceito ampliado (que inclui veículos, motos, autopeças e materiais de construção), a retração de 0,1% no mês de setembro foi puxada pelo subitem materiais de construção, compensando negativamente a boa performance de veículos.
 
Neste sentido, no acumulado dos últimos 12 meses a leitura mostrou um recuo de 10%, ao passo que ante setembro de 2015 a queda ficou em 8,6%. No âmbito inflacionário, a primeira prévia do IGP-M (FGV) de novembro observou-se uma deflação de 0,11%, surpreendendo positivamente o mercado, que aguardava em média um pequeno avanço de 0,02%, e ainda representando uma descompressão ainda maior do que a primeira prévia vista em outubro, de -0,01%.
 
 
Juros
 
No mercado de juros, o dia foi avanços pungentes ao longo de toda a estrutura a termo da curva de juros doméstica, refletindo a elevação da aversão ao risco na leitura dos agentes que aponta para uma maior probabilidade de política monetária restritiva a ser praticava pela maior economia do planeta em um horizonte próximo, com a chegada de Donald Trump e seu plano de crescimento desenfreado nos EUA. 
 
 
Câmbio
 
No mercado de câmbio (interbancário), traduzindo todo o panorama de elevação de aversão ao risco defronte a um viés de política monetária contracionista nos Estados Unidos, que levaria a uma valorização de sua moeda. Assim, o dólar norte-americano operou em forte alta perante o real, chegando a atingir no intraday o maior patamar desde julho e a maior valorização em um dia desde outubro de 2008 (8 anos atrás). 
 
A força do movimento ficou ainda mais evidente ao ocorrer em um dia em que o Bacen esteve ausente das ofertas de leilões de swap cambial reverso. A divisa findou cotada a R$ 3,3620 (+4,31%), acumulando +4,05% na semana, +5,36% no mês, -15,12% no ano e -10,96% em 12 meses. O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 26 anos avançou para 300 pontos, versus 274 pts de ontem.
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 10.11.2016, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T Rafael Freda Reis, CNPI-P, analistas de investimento do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Hamilton Moreira Alves, CNPI-T Rafael Freda Reis, CNPI-P, analistas de investimento do BB Investimentos





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